Detalhes
Especialista em pequenas narrativas de que saltam mundos, Adelina Velho da Palma é uma autora que escreve sobre o tempo presente, aquele que é o de todos nós.
“A boa, a má e a vilã” é uma coletânea de sete contos, sete relatos de leitura quase compulsiva, onde a natureza humana é dissecada em toda a sua profundidade, trazendo à luz as mais incontornáveis paixões, sem escamotear quer o seu lado trágico, quer o cómico.
Com um título claramente inspirado num clássico do cinema dos anos sessenta, esta obra é, também ela, forte e arrojada. De uma maneira ou de outra, todo o ser humano busca o seu pote de oiro. Todavia, por mais forte que seja a sua determinação, é a própria vida que através dos seus múltiplos mecanismos se encarrega de lhe ensinar que o maior desafio é simplesmente permanecer vivo, isto é, acima da linha de água, seja por razões endógenas, inerentes à própria natureza, seja por força de uma sociedade cada vez mais implacável e descaracterizada
Obra notável, assente numa inevitável verosimilhança, “A boa, a má e a vilã” não deixa de se atrever a umas pitadas de fantástico e de absurdo.