Sou agora um outro eu nesta ausência de mim.
Um espelho baço que nada reflecte para fora do meu
ensonado rosto, suspenso num fundo de cenário
sem janelas para a luz pardacenta da manhã.
Acendo a inquietação de um novo cigarro
penetrando nesse fumo denso que me guia
na paisagem saturada de uma repetição de dias
sem saber, afinal, quem caminha dentro de mim.