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BRISAS DE OUTONO
Eis a terceira de um conjunto de quatro antologias da Colecção Sui Generis que se dedicam a cada uma das estações do ano, sendo esta consagrada ao Outono, estação que surge logo depois do Verão e antecede o Inverno, preparando a vinda da estação mais fria. O Outono é caracterizado pelo declínio gradual nas temperaturas e pelo amarelar e início da queda das folhas das árvores, indicando a passagem de estações, sendo a estação que mais se associa à melancolia, à nostalgia, ao declínio da existência, já que algumas das suas principais características são a queda das folhas das árvores, as suas nuances amarelas, castanhas e vermelhas, o tom cinza do céu, modificações repentinas do clima e frutos amadurecidos que, deste modo, pesam nos galhos e caem sobre a terra.
Poeticamente, o Outono marca as etapas de transformação da vida, a reciclagem dos elementos da Natureza e também das emoções humanas. Nesta estação de transição entre o calor e o frio, que se completa no Inverno (quando se sente a falta de hibernar), as pessoas vão-se tornando mais introspectivas e desejosas de se abrigar nos seus refúgios, inclinando-se a buscar a meditação. As noites retornam mais cedo e são húmidas, frescas ou mesmo frias, requerendo outros hábitos, como a procura de alimentos quentes, ambientes calorosos e banhos mais aquecidos e longos. E dormir transforma-se num ritual, pois as pessoas envolvem-se em agasalhos, mantas e cobertores abundantes...
É justamente na terceira das quatro estações que se inspiram (ou ambientam) os variadíssimos textos, em prosa e poesia, incluídos ao longo das 230 páginas deste livro intitulado «Brisas de Outono», redigidos por 65 autores lusófonos contemporâneos, de Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde e Moçambique. Uma belíssima obra literária sobre o Outono que surge na sequência de outras duas obras já publicadas, dedicadas a outras duas estações, «A Primavera dos Sorrisos» (2017) e «Sol de Inverno» (2019), e que, tal como as anteriores, proporcionará leituras agradáveis e prazenteiras.